A febre é um dos sintomas mais comuns em crianças e, muitas vezes, causa grande preocupação nos pais. Entender o que é a febre, por que ela acontece e como lidar com ela pode ajudar a reduzir a ansiedade e garantir que você tome as melhores decisões para a saúde do seu filho.
O profissional que orienta, previne e auxilia no tratamento da febre é o pediatra. Vamos falar sobre isso?
Sou Dr Alexandre Paz, pediatra e infectologista pediátrico.
Minha formação se deu da seguinte maneira:
Mas não só a formação técnica direciona minha conduta.Tenho pra mim que o maior valor do ser humano é a honestidade. Se você traz seu bem mais precioso - seu filho - ao meu consultório, sempre serei o mais honesto que puder.
Não havendo resposta científica para determinada indagação, vou procurar ser o mais razoável possível dentro do contexto em que nos encontrarmos, sempre com empatia de modo a me colocar na posição de compreender o seu sofrimento.
No que diz respeito à minha atuação, destaco:
O que é a febre?
A febre é uma elevação da temperatura corporal acima dos valores normais. Ela é uma resposta do corpo a qualquer processo inflamatório e faz parte do mecanismo de defesa do organismo para combater agentes invasores, como vírus, bactérias ou outros patógenos.
Quando ela está iniciando, sentimos frio, arrepios. Se uma criança está se queixando de frio quando a temperatura do ambiente estiver agradável, desconfie, este pode ser o primeiro sinal de que a febre está por vir. Da mesma maneira, quando a febre está indo embora, o que se vê é um rubor do rosto, e suor.
É importante diferenciar a febre da hipertermia. No bebê recém-nascido, o controle de temperatura é imaturo, e pode acontecer a hipertermia simplesmente por excesso de roupas ou cobertores.
Em geral, consideramos febre qualquer temperatura igual ou superior a 37,8°C, na medida axilar. Chamamos de febre alta aquela em que a temperatura ultrapassa os 39°C. Vale lembrar que as temperaturas retal e oral são, em média, 0,5°C acima da axilar.
O que causa a febre?
A febre é um sinal de que o corpo está reagindo a uma situação anormal. Muitas situações diferentes podem ser causa da febre, por exemplo:
1. Infecções virais ou bacterianas, como resfriados, diarreias, otites, sinusites e infecções urinárias;
2. Inflamações corriqueiras, como a do nascimento dos dentes, ou hematomas;
3. Doenças reumatológicas ou autoimunes.
Vale ressaltar que, na grande maioria dos casos, a febre é causada por doenças benignas, que não requerem nenhum tipo de tratamento específico.
Como medir a temperatura?
A maneira mais confiável de se medir a febre é com um termômetro axilar.
O termômetro digital é o mais indicado, é o mais conveniente: a leitura é fácil, e ele ainda emite aquele discreto alarme quando a temperatura já está pronta para leitura. Mas se você ainda tiver um daqueles antigos, de mercúrio, esses também são muito bons; basta marcar 3 minutos para a medida, e fazer a leitura com cuidado.
O local para medir a temperatura é a axila. Coloque a ponta do termômetro ali, e feche o braço do bebê, segurando o cotovelo gentilmente para que o termômetro não caia. Procure fazer isso com o bebê calmo, se a medida for feita por meio de uma “guerra”, ela vai ser menos precisa.
Se você tem um termômetro infravermelho, daqueles que você aperta um botão e a temperatura vem instantaneamente, você deve achá-lo muito prático, não é? Sim, eles são ótimos para apontar na testinha do neném enquanto ele dorme, nem precisa acordar.
Mas atenção, a medida da testa é bem menos precisa. Se der febre, ou valores limítrofes (por exemplo, em torno de 37,5°C), é melhor pegar o bebê e confirmar com uma medida axilar.
Como tratar a febre?
Nem toda febre precisa receber tratamento ou medicação, pois é uma reação natural do corpo que, ao menos inicialmente, favorece o sistema imunológico no combate a infecções. No entanto, a febre usualmente traz desconforto aos pequenos, e a gente para restabelecer o conforto.
1. Antitérmicos: São os medicamentos mais usados no Brasil. Sempre respeite a dose contida na bula do remédio, ou recomendada pelo pediatra.
2. Hidratação: Ofereça bastante líquido (leite materno, água, sucos naturais) para evitar desidratação.
3. Ambiente arejado: Vista a criança com roupas leves e mantenha o ambiente fresco.
4. Banhos mornos: Um bom banho morno pode trazer conforto à criança e ajudar a reduzir suavemente a temperatura. Em geral, não é necessário dar banho para que a febre abaixe. Evite os banhos frios, pois isso só vai trazer desconforto à criança.
Quando se preocupar com a febre?
Nem toda febre é motivo para alarme. Aliás, para a maioria dos casos, não vai ser.
A primeira febre da criança é sempre algo que assusta muito os pais. Levar ou não levar para o pronto-socorro? Marcar consulta para o próximo dia útil? Ou simplesmente medicar e observar? A cada febre, os pais sempre se fazem essas perguntas.
A seguir, enumero as principais situações em que uma febre sempre deve motivar a avaliação médica:
Febre em bebê pequenos, menores de 2 meses. Nessa idade, a imunidade dos bebês é muito imatura, e é muito difícil interpretar os sinais de que o bebê pode não estar bem. Nessa idade, febre acima de 38°C é uma emergência e deve ser avaliada imediatamente.
Febre persistente: a febre que não responde a antipiréticos, ou que não dá sinais de melhora em até 48 horas.
Febre progressiva: aquela que está vindo cada vez mais alta, ou menos espaçada, independente do tempo de duração
Febre muito alta: temperatura acima de 39,5°C.
Outros sintomas preocupantes:
Mitos sobre febre
Se você estiver em dúvida ou perceber sinais de alerta, não hesite em procurar o pediatra. A febre é um sintoma comum, mas cada caso deve ser avaliado individualmente para garantir o melhor cuidado para a criança.
Lembre-se: você não está sozinho nessa jornada. Acompanhar e entender os sinais do corpo do seu filho é essencial para cuidar da saúde dele com tranquilidade e confiança!
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