Sou Danielle Barbas, pediatra de alma e coração, apaixonada pelo olhar curioso e sincero das crianças. O adoecimento infantil sempre me motivou a buscar mais conhecimento.

Após concluir especializações em Pediatria (UERJ, 1999) e Reumatologia Pediátrica (Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro, 2000), ampliei o conhecimento com Mestrado em Saúde Coletiva pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ-2004).

Minha carreira começou no serviço público, em áreas carentes. Onde pude presenciar algumas epidemias, como a primeira de Dengue, em Duque de Caxias, onde as grandes deficiências sócio econômicas e a extrema desigualdade mantinha a emergência lotada.

Já atuei em grandes emergências e maternidades, como Souza Aguiar, Miguel Couto, Saracuruna ( RJ ), onde atuava em sala de parto e UTI Neonatal.

Buscando novas experiências, trabalhei no Hospital Sarah (Fortaleza) com disfunções miccionais e, ao retornar ao Rio, atuei no Instituto Fernandes Figueira (FIOCRUZ), aprofundando estudos em bexiga neurogênica e urodinâmica.

Mais tarde, mudei-me para Campinas-SP, onde atuei na prefeitura e me especializei em Medicina da Família e Gestão do Cuidado (UNICAMP, 2009).

Minha inquietação como médica sempre foi perceber que muitas crianças retornavam com os mesmos sintomas á emergência, apesar do tratamento correto, as doenças se repetiam..Isso me levou a buscar uma abordagem mais ampla e integrada do adoecimento.

Desde a faculdade, sempre acreditei que o paciente e suas aflições poderiam ser tratados de múltiplas formas e que nosso organismo é um todo integrado, sistêmico e não uma máquina que precisa de reparos em peças estanques. Foi com este olhar, que após retornar de Campinas, iniciei a Pós-graduação em Homeopatia Clássica Sistêmica na Escola da ABRAH, na Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ), Hospital Antônio Pedro. Com isso, pude realmente entender e acalmar o meu coração aflito em relação ao processo de adoecimento.

Pois na Homeopatia Clássica Sistêmica, modelo dos Sistemas Complexos de Dr. Romeu Carillo Jr, que integra a tradição hahnemanniana com a fisiopatologia moderna e os fundamentos da Teoria dos Sistemas Complexos, pude reconhecer o paciente como um sistema dinâmico —observando não apenas os sinais isolados, mas as relações que sustentam ou comprometem a sua vitalidade.

A doença desta forma, é vista como uma instabilidade desse sistema e o tratamento um estímulo à autorregulação e à reorganização. Desta forma ampliei a minha visão junto a medicina tradicional.

Entre 2011 e 2014, ocupei o cargo de docente na Faculdade Souza Marques (FTESM) no Rio de Janeiro. Com a mudança para Brasília, atuei na UBS de Ceilândia e atualmente, sou professora de Pediatria da Universidade de Brasília ( UNB) e Faculdade de Medicina do CEUB, atuando no ensino e na pesquisa.